segunda-feira, 2 de maio de 2011

Os Sapateiros: Oficina sobre Trabalho Infantil

No dia 1º de março de 2011, ocorreu o primeiro encontro de formação do Serviço de Convivência Familiar e Fortalecimento de Vínculos. Como atividade de abertura, foi desenvolvida uma oficina sobre trabalho infantil por Maria do Carmo Canani, da Colegiada de Assessoria. O tema foi sugerido por Minéia Cristina da Silva Rodrigues, Assessora Pedagógica do Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos e pela Comissão do SCFV,  representadas pela sociedade civil, CECAM, Casa da Criança-COL, Clube União Garra de Águia e Amigos em Ação, responsáveis pelo planejamento das ações de formação, que percebeu a necessidade  de aprofundar a reflexão sobre o assunto.
Assim, num primeiro momento, os/as participantes foram desafiados/as a observar, sobre uma mesa, um par de sapatos de menina (estilo Cinderela) e um adulto masculino. Num segundo momento, foi sugerido que cada pessoa tentasse lembrar  e registrar (escrevendo ou desenhando) histórias sobre sapatos. Depois disso, em grupos, as histórias foram socializadas, e cada grupo escolheu uma história para ser contada aos demais. Por último, Maria do Carmo contou também uma história: Os Sapateiros (uma das histórias do livro Serafina e a criança que trabalha, dos autores:  Jô Azevedo, Iolanda Huzak e Cristina Porto). A partir dessa história, desencadeou-se uma reflexão sobre o trabalho infantil, apimentada pela pergunta: Trabalho Infantil: causa ou consequência?
Algumas pessoas, tentando responder ao questionamento, colocaram na família a responsabilidade por tal situação, mas também houve quem dissesse que essa problemática faz parte de um contexto muito mais amplo - uma sociedade capitalista, que não permite a todas as famílias exercer sua função protetiva de forma mais satisfatória. No final da discussão, concluiu-se que há necessidade de  analisar as situações com as quais as instituições convivem no cotidiano de seu trabalho a partir de um olhar mais amplo, o que significa dizer, entre outras coisas, que o espaço formativo dos/as trabalhadores/as do Serviço de Convivência Familiar e Fortalecimento de Vínculos precisa investir nesse tipo de reflexão, na perspectiva de uma prática social mais crítica e humanizada.
Minéia C. da S. Rodrigues                                              Maria do Carmo Canani 
Colegiada de Assessoria                                                   Assessora Pedagógica
     SACIS/SCFV  

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