Em abril de 2003, pela lei nº 5.245, foi criado o Conselho Municipal de Segurança Alimentar – COMSEA – de São Leopoldo, o qual, segundo o seu regimento interno, tem “caráter deliberativo, consultivo e propositivo para implementar a política do programa Fome Zero do governo federal em âmbito local”.
Ao longo destes anos o Conselho tem buscado articular forças locais (públicas e da sociedade civil) com o objetivo de implementar ações que enfrentem os problemas geradores de fome e miséria em contingentes significativos de população em nossa cidade.
Neste contexto situa-se o projeto Caminhos da Horta Comunitária, elaborado pela SACIS e cuja implantação vem ocorrendo em parceria com a Cooperativa de Serviços Educacionais – COOPSE – desde dezembro de 2007, em dois locais, ambos na zona norte de São Leopoldo: na área de abrangência da Cooperprogresso (Vila Progresso – bairro Rio dos Sinos) e na área da Cooperhabitar (Vila Antonio Leite – bairro Campina).
O projeto Horta Comunitária, como é mais conhecido, está sendo reforçado neste início de 2009, com o objetivo de ampliar a participação de mais pessoas de diferentes programas sociais que vêm sendo desenvolvidos pelo município. Neste sentido estão ocorrendo diversas atividades com as pessoas diretamente envolvidas no projeto, pessoas e entidades co-participantes e responsáveis pelo CRAS NORTE, o futuro CRAS NORDESTE, DPSB, DPGE e do PAS.
Após algumas reuniões, foi constituído o grupo gestor da horta, o qual está tomando algumas iniciativas no sentido de dar um novo impulso ao projeto. Uma iniciativa consiste na visita a duas hortas existentes na região: a Horta Joana de Angelis, de Novo Hamburgo e a do Assentamento do MST em Nova Santa Rita, no dia 17 de fevereiro. Para o dia 04 de março, à tarde, está previsto um encontro entre os dois grupos da horta, para uma troca de experiências e de rearticulação de forças para a continuidade do projeto.
Esta iniciativa da horta comunitária pode se constituir numa importante alternativa de geração de trabalho e renda, na perspectiva da economia solidária, envolvendo pessoas participantes de projetos como PAS e Bolsa Família. Para isto é necessário que seja pensado e realizado um processo de formação específica e contínua com as pessoas envolvidas. Além disso, o projeto se insere numa perspectiva mais ampla, isto é, o incentivo às hortas comunitárias pode vir a estimular uma política pública de produção de alimentos em contexto urbano, onde o próprio município poderá produzir, ao menos parcialmente, os alimentos necessários para a sua população.
Por Alcido A. Arnhold – assessor DPGE
Nenhum comentário:
Postar um comentário